terça-feira, 30 de dezembro de 2008

2009

Feliz Ano Novo para todos.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Frases de Realizadores (20)


"Os realizadores de cinema, como criadores de coisas, são gananciosos e nunca estão satisfeitos…Por isso continuam a trabalhar. Eu trabalho há tanto tempo porque penso que da próxima vez farei algo bom."

"O Homem é um génio quando está a sonhar."

"Num mundo mau, apenas os maus são sãos."



Kurosawa

domingo, 21 de dezembro de 2008

Natal 2008

Desejo a todos um Bom Natal.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Van Johnson


Van Johnson (1916-2008), de seu nome completo Charles Van Johnson, não foi uma primeira figura do cinema americano, mas as suas interpretações, em papéis secundários, nas décadas de 40 e 50, impuseram-no como quase indispensável em muitas produções.
Na verdade, terá mesmo aproveitado a ausência de grandes actores na Guerra, para cimentar o seu lugar na MGM, companhia para a qual trabalhou muitos anos.
O seu primeiro filme data de 1940, “Too Many Girls”, e seriam “A Guy Named Joe”, “The Caine Mutiny”, “The Last Time I Saw Paris”, mas principalmente “Brigadoon” (1954), de Vincente Minnelli, que o tornariam famoso.
Participou em mais de oitenta películas, e como homenagem à sua carreira, tem uma “estrela” no “Walk of Fame” em Hollywood.
Ei-lo a dançar com Lucille Ball, no programa que esta mantinha na televisão.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Frases de Realizadores (19)


"Hollywood….é como estar em lugar nenhum, e falar com ninguém sobre nada."

"O homem científico já está na Lua, e nós ainda vivemos com os conceitos morais de Homero."

"O que eu gostaria de fazer: um filme em que os actores estivessem num espaço vazio para que o espectador tivesse de imaginar a sustentação dos personagens."


Antonioni

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Filmes Revisitados (4)


Realizado em 1995 por Ron Howard, “Apollo 13” entretém e prende a atenção do princípio ao fim.
Venceu dois Óscares (Som e Montagem), e foi nomeado em mais sete categorias, entre as quais a de melhor Filme.
Curiosamente, Tom Hanks, o protagonista da história, nem sequer foi nomeado, o que se estranha, dado o desempenho na película. Hanks é acompanhado por Ed Harris, Gary Sinise, Kathleen Quinlan, Kevin Bacon e Bill Paxton, um elenco de luxo que não deixa os seus créditos por mãos alheias.
Visão dos bastidores da NASA e dos “jogos” praticados na escolha dos astronautas para esta ou aquela missão, “Apollo 13” não deslumbra. Mas vale a pena ser revisto.


terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Milú


Só os mais velhos se recordarão.
Mas Milú (1926-2008) ficará sempre na história do Cinema português como a grande dama, a mulher bonita que levava multidões às salas, e ocupava muitos sonhos utópicos.
Outras actrizes, bem mais talentosas, como Maria Matos, Laura Alves ou Teresa Gomes, ganharam o seu lugar no estrelato cinéfilo luso pelas interpretações brilhantes em muitos papéis, mas Milú era o chamariz principal, aquela que conseguia, com a sua beleza, encher os cinemas e os teatros de “revista”.
Podia ter tido uma carreira internacional, nomeadamente em Espanha, que, na época, era quase o paraíso inalcançável. Ou mesmo Hollywood, que se interessou por ela, mas a actriz passou ao lado de tudo isso, dando prioridade à sua vida pessoal.
Casou cedo e abandonou o Cinema.
Esse facto ajudou a construir o mito. Involuntariamente.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Frases de Realizadores (18)


"Olho para outros realizadores e vejo neles qualidades que gostaria de ter mas sei que não tenho. Sinto que tenho de trabalhar arduamente para me manter à tona, fazendo o que faço. Mas acho isso agradável."

"Penso que sou bom em amplificar os pontos fortes dos actores e em minimizar as suas fraquezas. E todos eles têm pontos fortes e fraquezas."

"Mentir é como o alcoolismo. Estamos sempre a recuperar."

"Quando tudo vai bem é difícil perceber porquê, mas quando não vai é realmente fácil."

Soderbergh

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Filmes Revisitados (3)




“The Stranger” (“O Estrangeiro”, em Portugal) foi rodado em 1946, num “preto e branco” fascinante, com as sombras tão características do realizador, o genial Orson Welles (1915-1985).
É ele igualmente o protagonista do filme, ladeado por Edward G.Robinson (1893-1973) e Loretta Young (1913-2000). Robinson, que o personagem “Al Capone” catapultara para a fama, e Loretta, então uma das divas de Hollywood.
O filme narra um episódio da captura de criminosos nazis fugidos para os Estados Unidos, camuflados em novas identidades. Welles é um deles, agora um respeitável professor, mas Robinson segue-lhe o encalço.
A um ritmo fantástico, o filme mantém-nos presos, neste caso ao sofá, do princípio ao fim, repleto de suspense, uma fotografia excepcional, e desempenhos portentosos de Welles e Robinson, que se destacam, francamente, de todos os outros.
Vencedor do Oscar para Melhor Argumento.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Helen Mirren


O Cinema está repleto de “vedetas vazias", isto é, conhecidas por todos mas sem nada para dizer fora das telas. Os exemplos são tantos, que sabe bem descobrir o reverso desta medalha, os grandes intérpretes que pensam. E que transmitem ao público, e não só o seu, as suas ideias, como se posicionam neste mundo.
Helen Mirren é um destes bons casos.
Sem recear a polémica, a excepcional actriz declarou, em recente entrevista, que convém aos violadores que os júris ou os magistrados no tribunal tenham muitas mulheres, dado que, segundo ela, a maioria feminina será levada a pensar que a culpa não foi do violador, mas da violada.
Ou seja, nesta como em outras ocasiões, as mulheres seriam o principal inimigo de si próprias.
Será verdade?
Sendo ou não, eis um bom ponto de reflexão. E sério.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

"Os Três Estarolas"




“Os Três Estarolas” fazem parte dos meus ídolos de infância, nas célebres “matinées” infantis, aos domingos, às 18 horas.
Os “Three Stooges” eram Larry Fine (1902-1975), Moe Howard (1897-1975) e Jerome Lester Horwitz ( 1903-1952). Quando este último morreu foi substituido por Shemp Howard, irmão de Moe,(1895-1955) mas faleceria em 1955, sendo o seu lugar ocupado por Joe Besser(1907-1988). O último a completar o trio seria Curly Joe DeRita (1909-1993).
Ri até às lágrimas com este trio, naquela idade em que se acha graça a tudo, mesmo a alguma falta de talento. Na verdade, a “alma” dos “Stooges” era Moe (foto em baixo), e mesmo este, analisando à distância, não poderia ser classificado como um “grande” actor.
Mas cumpriram perfeitamente o seu papel.
Em todo o mundo, as crianças deliravam com as suas tropelias, os seus azares, a parvoíce elevada ao extremo, os bolos que acertavam nas caras dos cómicos, as quedas, as palmadas com que se agrediam.
As crianças do meu tempo divertiam-se assim.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Frases de Realizadores (17)


"Lembro-me de ser jovem nos anos 60…tínhamos um grande sentido do futuro, uma enorme esperança. E é isto que falta na juventude de hoje. Ser capaz de sonhar e mudar o mundo."

"Não se pode, de modo algum, exportar Cultura com armas e tanques".

"Não filmo mensagens. Isso é trabalho para os correios".


Bertolucci

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Filmes Revisitados (2)

“Sorry, Wrong Number” (“Três Minutos de Vida”) foi realizado em 1948 por Anatole Litvak (1902-1974), um ucraniano que , entre outros, deu ao Cinema “Anastasia” (uma soberba interpretação de Ingrid Bergman) e “The Night of the Generals”.
O filme é inteiramente dominado por Barbara Stanwick (1907-1990), uma das divas de Hollywood, hoje muito esquecida, mas figura dominante durante décadas.
Nunca saindo do seu quarto, inválida, tendo apenas como companhia o telefone, a história desenrola-se a um ritmo impressionante, sem cansar, sem nos dar tempo para pensar na suposta necessidade de mudar de cenário.
Stanwick é magistral, neste papel de filha única de um rico industrial, que casa com um ambicioso Burt Lancaster, sempre descontente com a situação de “protegido” pela mulher e pelo sogro, e que planeia libertar-se daqueles jugos, mesmo ilicitamente.
São eles os protagonistas, mas Stanwick destaca-se claramente.
O filme foi nomeado pela Academia para “Melhor Filme”, mas não conseguiu a estatueta ( “Hamlet” de Laurence Olivier), e Barbara Stanwick foi igualmente nomeada para melhor Actriz, mas o prémio foi para Jane Wyman, com “Belinda”. Aliás, Stanwick nunca conseguiu ganhar o Óscar, mesmo tendo sido nomeada em quatro ocasiões.
No preto e branco ideal para este tipo de filmes, “Sorry, Wrong Number” mostra o talento de uma grande actriz.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Filmes Revisitados (1)


Laurence Olivier e Michael Caine.
Sir Laurence e Sir Michael.

São os dois intérpretes de “Sleuth”, que a tradução portuguesa obrigou a ser “Autópsia de um Crime”. Filme de 1972, com realização de Mankiewicz, ao som de Cole Porter.
As interpretações destes dois “gigantes” são de tal forma categóricas e históricas, que ambos foram nomeados pela Academia para Melhor Actor, ainda que o escolhido não tivesse sido nenhum deles, pois Marlon Brando arrecadou o prémio com “O Padrinho”.
Há muito tempo que não revia este filme.
Mas deliciei-me a apreciar este e aquele pormenor dos dois personagens, a verdadeira lição de bem representar que o filme permite.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Cinemas que Lisboa teve... (8)


Tal como o “Éden”, mesmo à sua frente, o “Condes” também conheceu o seu período de “agonia”, antes de fechar definitivamente as portas.
O público ia escasseando, a programação oscilava entre o mau e o péssimo, e o fim inevitável chegou para mais uma das salas clássicas de Lisboa.
Recordo que o último filme que lá vi foi “Jurassic Park”, em 1993, e as condições oferecidas ao público já metiam dó.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Frases de Realizadores (16)


“Apenas se existe no que se faz”.

“Não há fim. Não há princípio. Existe apenas a paixão de viver”.

“O dinheiro está em todo o lado, mas a poesia também. São os poetas que nos faltam”.

“Penso que a televisão traiu o significado do discurso democrático, acrescentando caos visual à confusão de vozes. Que papel desempenha o silêncio em todo este ruído”?


Fellini

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

"10 Vilões"



A convite de Sam (Keyzer Soze’s Place), eis a lista dos meus “10 vilões” preferidos.


Louise Fletcher – Voando sobre um Ninho de Cucos (foto em cima)
Jack Nicholson – Shine
Malcolm McDowell – Laranja Mecânica
Glenn Close – Atracção Fatal
Simone Signoret – As Diabólicas ( foto em baixo)
Bette Davis – O que Aconteceu a Baby Jane
Marlon Brando – Um Eléctrico Chamado Desejo
Stephen Boyd – Ben Hur
Anne Baxter - Eve
Edward G. Robinson – Paixões em Fúria (Key Largo)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Cinemas que Lisboa teve... (7)


Éden.
Mais do que a programação, que foi decaindo de qualidade ao longo dos anos, este cinema valia sobretudo pelo seu valor arquitectónico, completamente diferente de qualquer outro.
Aquelas escadarias interiores...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

"The Bucket List"


Não percam duas interpretações fabulosas destes dois “monstros sagrados”, neste filme simples, com um enredo muitas vezes repetido na história do Cinema.
Só que Jack Nicholson e Morgan Freeman fizeram o habitual… Absolutamente arrebatadores, cada um no seu estilo, dão uma lição magistral de talento, experiência, maturidade.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Frases de Realizadores (15)


"É problemático quando alguém diz que algo é real ou irreal, normal ou anormal. O significado destes termos, para mim, é muito pessoal e subjectivo. Sempre fiquei confuso sobre o sentido de palavras deste género".

"A loucura de uma pessoa é a realidade de outra".

"Jack Nicholson é um actor muito intuitivo. É absolutamente brilhante na forma como vai até ao limite, mas deixando parecer que a situação é sempre real."


Tim Burton

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Cinemas que Lisboa teve... (6)


O "Castil".
Era um cinema muito confortável, com uma programação de bom nível ( a do cartaz já é da última fase...), e era muito agradável sair e ir pestiscar qualquer coisa às "Galerias Ritz", outro espaço que já faz parte das memórias de muitos..

domingo, 28 de setembro de 2008

Paul Newman (1925 - 2008)

"Não se pode ser tão velho como eu sou sem acordar todas as manhãs com um sorriso no rosto: “ Meu Deus, ainda cá estou!”. É absolutamente fantástico como sobrevivi a todo o fumo, todos os carros e à carreira”.


Até ontem.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Cinemas que Lisboa teve... (5)


Foi o primeiro cinema a funcionar num Centro Comercial.
O "Apolo 70" foi a primeira "grande superfície" de Lisboa, e recordo o entusiasmo que suscitou o conceito de se poder fazer compras, jantar e ir ao cinema, num só espaço.
Princípio dos anos 70.
O tempo passa, de facto, muito depressa.

sábado, 20 de setembro de 2008

Jack Palance


Pelo aspecto do seu rosto, fazia sempre papel de “mau da fita”.
Na verdade, a sua face quase assustava os miúdos como eu, que acreditavam mesmo que aquele homem era assim na vida real.
Jack Palance (1919-2006).
Sabíamos que Palance fora “boxeur” antes de entrar no mundo do espectáculo. Na verdade, aquele nariz, farto de ser esmurrado, não enganava. Mas ignorávamos que não fora essa circunstância a principal causa daquele aspecto. O actor, durante a II Guerra mundial, ao serviço da aviação americana, teve um acidente no ar, o avião começou a arder, e Palance mal teve tempo de se ejectar. Seguiu-se um calvário de inúmeras operações plásticas, cujo resultado final, segundo opinião dos médicos e do próprio Jack, foi “um milagre”.
Óscar para Actor Secundário em 1991, com “City Slickers”, já havia sido nomeado, na mesma categoria, em 1952 e 1953.
Palance participou em cerca de 40 filmes, desde 1950 até à sua morte. Filmes como “Shane”, “Barrabas”, e “The Professionals” contaram com a sua interpretação.
Penso que Jack Palance, não sendo uma estrela, conseguiu arranjar o seu lugar na Sétima Arte, com trabalho e sacrifício.
O resto era o rosto.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Cinemas que Lisboa teve... (4)


Cinema típico de "bairro", o "Alvalade" era a sala preferida de toda aquela zona.
Dividia com o "Roma" as preferências do Areeiro, e deixou saudades a todos aqueles que o frequentaram.
Mais um.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Cinemas que Lisboa teve... (3)


Muito antes de existir o "Londres", o "Roma" era o Cinema daquela zona da cidade.
Não sendo propriamente um "cinema de bairro", estava longe das tradicionais salas da Baixa, e tinha o seu público fiel.
E como se pode ver pelos cartazes, a programação não era má de todo...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Alan Arkin

Apenas oito actores foram nomeados para a categoria de “Melhor Actor” pela Academia, no seu primeiro filme. Alan Arkin (n. 1934) é um deles (“Vêm Aí os Russos”, 1966). Quarenta anos depois ganharia o de Melhor Secundário, pelo seu extraordinário, ainda que curto, papel em “Little Miss Sunshine”, cuja “brilhante” tradução em português foi “Família à Beira de um Ataque de Nervos”…
Mas o que bem poucos sabem, é que este notável actor é um elogiado escritor de livros infantis, tendo ganho inúmeros prémios.
Versátil, é capaz de interpretar dramas ou comédias com a naturalidade própria dos talentosos, sendo igualmente realizador.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Frases de Realizadores (14)


"Um filme é uma realidade dramatizada, e é função do realizador torná-la aparentemente real. O público não deve tomar consciência da técnica.

As pessoas recordam os filmes, não os diálogos. É por isso que gosto dos filmes.

Só muito tarde na vida ousei pensar que, porventura, haveria um pouco de arte no meu trabalho".


David Lean

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Frases de realizadores (13)


"Dirigir um filme implica sair da nossa solidão e passar a controlar e unificar um pequeno mundo. Faz-se o filme. Passa-se a outro. E um dia morre-se.

O que fazer quando falta a inspiração : não desanimar, levar com vento de frente e apoiar as coisas certas. E esperar que a nova ideia chegue.

Não tento adivinhar o gosto de um milhão de pessoas. Já me é difícil saber do que eu próprio gosto."


John Huston

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Frases de realizadores (12)

"Valorizo a paz quando não é comprada a preço de decências fundamentais.

Acredito piamente que todo o poder corrompe. E esse é provavelmente o pensamento que está na base de todos os filmes políticos rodados em Hollywood.

Só há uma coisa que respeito nos chamados actores da Broadway…o seu sentido de concorrência."


Elia Kazan

sábado, 16 de agosto de 2008

Canções no Cinema (18)

O "Fado do Estudante", que Vasco Santana celebrizou em "A Canção de Lisboa", foi um dos factores decisivos para o enorme sucesso do filme.
Os outros derivam da categoria excepcional de António Silva, Beatriz Costa e do próprio Santana.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Frases de realizadores (11)


"Não acredito no pessimismo. Se algo não corre como desejamos, devemos persistir. Se pensarmos que vai chover, choverá.

Respeita o teu esforço, respeita-te. O respeito por ti próprio conduz à disciplina. Controlar ambos é o verdadeiro poder.

Por vezes, se queremos mudar para melhor, devemos fazê-lo com as nossas próprias mãos."


Clint Eastwood

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Canções no Cinema (17)

Quem não recorda "Cabaret"?
Quem não tem este filme em sua casa?

Uma Liza Minelli absolutamente fantástica, a mostrar que há casos em que "filha de peixe sabe nadar", não deixando os créditos de Judy Garland por mãos alheias.

Um clássico de sempre.


sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Frases de Realizadores (10)


"Um filme é uma fonte petrificada de Pensamento."

"Um artista não pode falar mais da sua arte do que uma planta de horticultura."

"A Arte produz por vezes coisas péssimas que frequentemente o tempo torna mais bonitas. Por outro lado, a Moda produz coisas bonitas que se tornam sempre péssimas com o tempo."

"Acredito na sorte. Se assim não fosse, como explicar o sucesso dos que detesto?"


Jean Cocteau

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Cinemas que Lisboa teve... (2)



Sala de enormes tradições, o “Império” era um dos grandes cinemas fora da “Baixa”, com uma programação criteriosa.
Nos anos 60, à sala principal veio juntar-se o “Estúdio”, bem lá em cima, sala pequena mas onde se projectaram Ciclos importantíssimos, e que ainda hoje são recordados pelos que tiveram o privilégio de lá estar.
E acrescente-se, porque há muitos que se fazem esquecidos e outros que não sabem porque ninguém lhes explicou, que os filmes iam previamente à Censura, que os mutilava, completamente ou não, ou simplesmente os proibia.
Sei, concretamente, de muitos filmes que nem chegaram ao “Estúdio”, e que apenas puderam ser vistos depois do 25 de Abril.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Cinemas que Lisboa teve... (1)


Começo pelo “Monumental”.
Os que se recordam deste Cinema, que também tinha um Teatro, não precisarão de grandes explicações sobre o vazio que o desaparecimento desta inolvidável sala de espectáculos, veio criar.
Os mais novos, aqueles que se habituaram a ver no mesmo local um Centro Comercial igual a tantos outros, certamente não dão conta desta falta.
Lembro bem duas ou três curiosidades no “Monumental”.
A estreia de “Zorba”, filme que esteve mais de 1 ano em cartaz (sim, um ano….), a transmissão em directo dos jogos do Mundial de 1966, a preto e branco, com multidões à porta por já não haver lugares, até aos Bailes de Carnaval que atraíam ao “foyer” a juventude engravatada.
E é bom que se recorde igualmente o responsável por este “crime” da demolição do cinema : Engº Krus Abecassis, ao tempo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Nem me importam os motivos.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Frases de realizadores (9)


"São sempre os pequenos que podem mudar as coisas. Nunca os políticos ou os poderosos. Quem deitou abaixo o Muro de Berlim? O povo nas ruas. Na véspera, os especialistas nem sabiam o que fazer."


Luc Besson

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Kevin Spacey



Para mim, um actor deve ter carisma, isto é, distinguir-se dos outros, e é por essa razão que nem todos o são. Interpretar filmes não chega para se ser actor. É necessário bem mais.
Kevin Spacey é um grande actor.
E se já em “American Beauty” tem uma interpretação portentosa, que dizer do seu papel em “Seven”? E quem o esquece em “The Usual Suspects”? E em tantos outros grandes sucessos.
Há pouco tempo, numa conferência de imprensa, Spacey afirmou:
“É suposto convencê-los, durante as duas horas de um filme, que sou um qualquer personagem. Mas se vocês souberem tudo sobre a minha vida, se pensam conhecer todos os meus segredos íntimos, como conseguirei convencê-los de que sou outra personagem?”
Kevin Spacey ganhou o Oscar para melhor Secundário em 1995 (“The Usual Suspects”) e o de melhor Actor em 1999 com “American Beauty”.
Acredito que ganhará mais no futuro.
Vejam neste pequeno clip a facilidade tremenda, que até parece fácil, com que Spacey imita outros grandes actores.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Julianne Moore

Julie Anne Smith nasceu em 1960.
Compreende-se facilmente a razão de o seu nome artístico ser Julianne Moore...
Licenciada pela Universidade de Boston em Arte Dramática, estreia-se no cinema em 1988 ( “Slaughterhouse”).
E desde logo, mereceu as melhores críticas, que viam nela uma enorme actriz.
Quem a esquece em “Magnolia”, “A Map of the World”, “Hanniball” ou “The Hours”?
Muito versátil, em personagens cómicos ou trágicos, Moore é uma das mais brilhantes da sua geração.
Actualmente roda o “Ensaio sobre a Cegueira”, baseado no livro de Saramago.
Quatro vezes nomeada pela Academia.


quinta-feira, 3 de julho de 2008

Frases de realizadores (8)



"Não sou pessimista sobre as pessoas em geral, mas apenas sobre o modo como vivem".

"Após a queda do Muro de Berlim, lembro-me de um artigo, escrito não sei por quem, que dizia que a partir desse momento, não mais haveria luta de classes.
Só alguém com muito dinheiro poderia dizer isso".

"Uma mulher que enfrenta os homens, é um tema inesgotável".

Claude Chabrol

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Sean Penn

Nascido em 1960, Sean Penn não é apenas mais um entre muitos.
É um grande actor.
Bastaria lembrá-lo em “Dead Man Walking”, “I Am Sam”, “The Interpreter” ou no extraordinário “Mystic River”, premiado pela Academia com o Oscar.
Bem cedo deixou de ser conhecido como o marido de Madonna, para se afirmar como um actor talentoso. E as suas campanhas em favor de causas que são suas convicções granjearam-lhe respeito. Não é qualquer figura pública que, após as trágicas inundações em New Orleans, abandona o conforto de casa e vai ajudar a resgatar corpos, protestando dessa forma contra a pouca rapidez das acções de ajuda humanitária às populações atingidas.
E não é qualquer actor que escreve, num jornal como o “Washington Post”, uma carta aberta crítica ao Presidente Bush, quando se esperava o ataque ao Iraque.
Sean Penn.
Um grande Senhor.

sábado, 21 de junho de 2008

Susan Sarandon

Susan Sarandon (nasceu em 1946) é, para além de uma actriz excepcional, uma mulher que não esquece o papel importante que uma “estrela” de cinema pode ter.
Bacharel em Artes, a sua actividade política e social é conhecida, tendo já declarado que se John McCain for eleito Presidente dos Estados Unidos, irá viver para Itália ou para o Canadá. E desabafou: “Estou cansada de ser apelidada de anti-americana só porque levanto questões”.
A sensualidade transparece nela, mas não como tónica única ou dominante nas suas interpretações, antes fazendo parte de uma personalidade multidimensional. Tal característica é bem visível desde “Rocky Horror Show”, “Bull Durham” e “White Palace”, até “The Witches of Eastwick” ou “The Hunger”.
Melhor Actriz com “Dead Man Walking” em 1996, já foi nomeada quatro vezes, o que a ajudou a tornar-se uma das actrizes mais bem pagas de Hollywood.
Uma curiosidade: o Oscar que ganhou está exposto…na sua casa-de-banho….


quarta-feira, 18 de junho de 2008

Cyd Charisse

Tula Ellice Finklea era o seu verdadeiro nome.
Percebe-se facilmente porque teve de adoptar um nome artístico diferente.
Cyd Charisse(1922-2008).
Sempre que penso nela, associo de imediato Gene Kelly. E Fred Astaire.
Na verdade, bailarina de raiz, ela foi “o par” de Kelly para a eternidade.
Ninguém esquecerá a sua presença em coreografias musicais clássicas, ao lado destes dois “monstros sagrados” do cinema.
E a propósito deles, Cyd escreveu:
“É como comparar maçãs com laranjas. Ambos são deliciosos”.
Mas o nome de Cyd Charisse sempre terá lugar na memória de todos os que a viram nas telas, em momentos únicos de talento e beleza.



quinta-feira, 12 de junho de 2008

Frases de realizadores (7)

"Por volta dos 16 anos, fixei-me com a família em Lisboa, para poder prosseguir a minha medíocre odisseia liceal. Instalado no colégio do dr. Mário Soares, acabei por ser expulso ao contrair perigosíssima doença venérea. Pensei, então, que entre a política e as fraquezas da carne devia existir qualquer obscena incompatibilidade e nunca mais fui visto na companhia de políticos."

"Em 1963, na injusta qualidade de bolseiro da Fundação Calouste Gu1benkian, parti para Londres e fim de frequentar a London School of Film Technique. Suponho que nunca por aquela escola passou aluno tão mau, mas nesse passo não tive grandes culpas no cartório: é que de facto os ingleses não nasceram para o cinema. Aliás, ainda não percebi muito bem para que é que os ingleses nasceram. Deve com certeza ser pela mesma razão que nasceram os percevejos, as baratas e o pão integral, vulgo pão que o diabo amassou."

"Detesto a promiscuidade e ensinaram-me a guardar escrupulosamente as distâncias. Por uma única e bem simples exigência: a de manter intacta e intocada e minha pessoa, para além da consciência de todos os meus erros e imperfeições. Levo, as mais das vezes, esta fantochada com o riso no costado, mas não é por acaso que, cada vez mais, me dou com menos pessoas."


João César Monteiro

terça-feira, 10 de junho de 2008

Dino Risi



Quem diria que Dino Risi era psiquiatra?
E que os começos da sua carreira como realizador de cinema foram muito pouco prometedores?
Mas o seu talento impor-se-ia rapidamente, pela utilização inteligente do estilo de vida italiano na crítica social bem-humorada. Para o que igualmente muito contribuiu ser ele praticamente o autor de todos os guiões dos seus filmes.
Durante 40 anos, Dino Risi foi figura cimeira do cinema italiano.
Vittorio Gassman, Laura Antonelli, Ugo Tognazzi, e muitos outros ficarão com os seus nomes ligados a este realizador, que agora nos deixou.
Não há dúvida.
O cinema ficou ainda mais pobre.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Canções no Cinema (16)



“E Tudo o Vento Levou”.
1939.
Clark Gable e Vivien Leigh são Buttler e Scarlett para a imortalidade.
E Max Steiner compõe a música.
Steiner, um austríaco que em criança recebeu lições de Brahms e mais tarde de Mahler, e que devido ao seu extraordinário talento, completou os quatro anos de estudo da Academia de Música de Viena, em apenas 2.
Foi nomeado 26 vezes…pela academia de Hollywood.

“Gone with the Wind”.

Não é uma canção, mas sim uma melodia.
Um clássico.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sydney Pollack. The End.


"A literatura, a pintura, a fotografia, a dança, a arquitectura, há um aspecto de quase todas as formas de arte que é útil e emerge nos filmes.

Produzi os meus próprios filmes durante vinte anos – o que significa que tive de falar com menos pessoas….

Ao princípio, não acreditei ter a sorte suficiente para fazer desta profissão o meu modo de vida."

sábado, 24 de maio de 2008

Canções no Cinema (15)

O filme é de 1965, e foi realizado por David Lean.
Toda a Lisboa o foi ver ao saudoso “Monumental”, onde esteve durante meses em exibição.
E se Omar Sharif e Julie Christie arrebatavam as multidões, outro homem, Maurice Jarre, autor da música, eternizava o tema de “Lara”, uma das mais célebres melodias que o Cinema deu ao mundo.


segunda-feira, 19 de maio de 2008

Frases de realizadores (6)



Nunca fiz um filme que me agradasse inteiramente.

Os meus filmes são a expressão de desejos ocasionais. Sigo os meus instintos, mas disciplinadamente.


A violência tem de ser mostrada tal como é. Se não a mostrares realisticamente, torna-se imoral e penosa. Se não incomodares as pessoas, então é quase obscena.

Polanski

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Canções no Cinema (14)

Escrita por Jay Livingston e Ray Evans, esta canção ainda hoje é ouvida com agrado, e todos conhecem o refrão, pelo menos.
“Que Sera…Sera” foi apresentada no filme “The Man Who Knew Too Much”, de Hitchcock, e coube a Doris Day eternizá-la.
E é claro que ganhou o Oscar para a melhor canção nesse ano.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Frases de realizadores (5)



"Sempre preferi a reflexão da vida à própria vida.

Quando se pode alternar o humor com a melancolia, alcança-se o sucesso, mas quando as mesmas coisas são alegres e melancólicas em simultâneo, é simplesmente maravilhoso.

Parece-me que o cinema de amanhã será ainda mais pessoal do que uma novela autobiográfica. Será uma confissão, ou um diário".


François Truffaut

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