sexta-feira, 29 de junho de 2007

Top Ten

O Instituto do Cinema Americano acaba de publicar a “sua” lista dos melhores filmes de sempre deste país.
Sabemos que, muitas vezes, a elaboração deste tipo de classificações obedece a critérios que pouco têm a ver com a real qualidade das películas…
Mas que a instituição nos merece alguma credibilidade, isso é inquestionável.
Quem encabeça a lista? Exactamente, “Citizen Kane”, seguindo-se “The Godfather” e “Casablanca” no terceiro lugar.
Digamos que, no pódio, com direito a “medalhas”, nada de extraordinariamente discutível.
Em quarto, “Raging Bull” de Scorsese, “Singing in the Rain” em quinto, em sexto “Gone With the Wind”, em sétimo “Lawrence of Arabia”, “Schindler’s List” em oitavo, “Vertigo” em nono e a lista dos dez primeiros conclui-se com “The Wizard of Oz”.

Eu respeito muito as opiniões dos outros.
Mas onde é que eles puseram “How Green Was My Valley”, por exemplo?
E não vou citar mais alguns para não ser injusto para outros tantos.
É que nisto do Cinema, como em tudo na vida, há gostos para tudo.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

"Bucha & Estica"


“Bucha & Estica”.
“Laurel & Hardy”.
Mais uma “brilhante” tradução para português de um nome original…

Talvez seja a dupla cómica mais importante na história do Cinema.
De 1926 a 1945 fizeram as delícias principalmente dos miúdos, mas não só.
“Hardy” (o Bucha”) é a vítima das asneiras de Laurel, que são consecutivas.
E as expressões, meio ingénuas, meio idiotas, que Laurel faz ao observar os efeitos nefastos das suas acções, são hilariantes e só possíveis para um actor de excepção. Que era o caso.
Na verdade, Stan Laurel (1890-1965) destacava-se claramente na dupla, enquanto Oliver Hardy (1892-1957) tinha o “caminho” facilitado que todos os gordos cómicos possuem para uma gargalhada mais fácil. Laurel nem precisava de falar, bastava o seu semblante, o seu olhar distraído e temeroso das hipotéticas represálias, para provocar a histeria das plateias.
Recordo as “matinées infantis” aos domingos, donde cheguei a sair rouco de tanto rir com as tropelias da dupla.

Laurel & Hardy.
Ainda hoje se vê com agrado.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Juliette Binoche



Já a apelidaram “The French Dream”.
Juliette Binoche nasceu em 1964 em Paris, e começou bem cedo a fazer teatro, com o nome artístico de Juliette Adrienne. Em 1984 envereda definitivamente pelo cinema.
E bem.
Bastará dizer que desde então já rodou cerca de 45 filmes. E alguns grandes êxitos, como “Rendez-Vous” de Téchiné, “The Unbearable Lightness of Being” de Philip Kaufman, “The English Patient” de Minghella, com o qual ganhou o Oscar para Melhor Actriz Secundária, e “Chocolat” de Hallstrom, sendo nomeada para Melhor Actriz, para enunciar só alguns.
Na constelação das grandes actrizes do cinema francês, Binoche é a mais recente estrela. E como brilha!

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Ingrid Bergman


Ninguém a esquecerá em “Casablanca”.
Ninguém a esquecerá em “For Whom the Bell Tolls”.
Ninguém a esquecerá em “Joan of Arc”.
Ninguém a esquecerá em “Stromboli”.
Ninguém a esquecerá em “Viaggio in Itália”.
Ninguém a esquecerá em “Anastasia”.
Ninguém a esquecerá em “Hostsonaten”.


Porque é impossível.

Ingrid Bergman (1915-1982).

sábado, 16 de junho de 2007

Silvana Mangano


Silvana Mangano.
Este nome, só por si, fazia vibrar de entusiasmo as plateias europeias nos anos 50, tal a beleza desta grande actriz.
Nascida em Roma em 1930, entrou na ribalta com apenas 18 anos, ao interpretar “Arroz Amargo”. Ainda hoje são célebres algumas fotografias desse filme, realizado por Giuseppe de Santis, em que Silvana, de calções nos arrozais, olha para o horizonte com o seu rosto enigmático. Para a época, era de um erotismo arrojado.
O casamento com o produtor Dino de Laurentiis cimentou uma carreira notável, que a levou a trabalhar com os principais realizadores italianos.
São muitos os filmes em que participou. E em todos eles a sua presença é determinante.
Morreu em 1989.
Silvana Mangano.
Ídolo de gerações.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Glenda Jackson


Quando uma actriz tem talento e beleza, é muito fácil tornar-se um ídolo, mas quando só existe a primeira dessas condições, é bem mais difícil.
Glenda Jackson (nasceu em 1936) é um desses casos, um nome incontornável na cinematografia inglesa e europeia, que nada deve à tal beleza, mas cujo talento enorme chegou e sobrou para a colocar no estrelato.
Sendo de raiz uma actriz de teatro, iniciou-se no Cinema em 1963 com “The Sporting Life”, mas foi em papéis controversos, e difíceis de aceitar na época, que Glenda se tornou famosa. “Women in Love” em 1969 e “The Music Lovers”.
E quem esquece o retrato que fez em “Mary Queen of Scots”?
Glenda Jackson, mulher de fortes convicções políticas, abandonou a carreira para entrar na Câmara dos Comuns, para onde foi eleita em 1992 pelo Partido Trabalhista. Mas muito crítica em relação a Blair, situando-se na ala esquerda do Partido.
E os que a recordam nos palcos e nas telas, não se admiram da sua luta em defesa daquilo em que acredita.As suas interpretações bem o demonstraram.

domingo, 10 de junho de 2007

Peter Sellers


Na minha opinião, um só filme (“Dr.Strangelove”) bastaria para colocar Peter Sellers na galeria dos grandes actores do cinema.
O seu desempenho é absolutamente extraordinário, e bem demonstrativo da versatilidade e talento que fizeram dele uma lenda. E não estou só quando considero este o seu melhor filme.
Mas Sellers (1925-1980), de seu nome verdadeiro Richard Henry Sellers, seria igualmente um “Inspector Clouseau” inesquecível, um fantástico jardineiro, de nome Chance, em “Being There” com o anedótico título em português de “Bem-vindo Mr.Chance”, e vários outros que protagonizou em perto de 60 filmes rodados.

“Se me pedirem para desempenhar a minha própria pessoa, não saberei o que fazer. Não sei quem sou nem o que sou”, disse um dia.

Os génios são assim.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

David Niven


O “gentleman”.
Com a fleuma britânica, aliada a uma postura militar, David Niven (1910-1983) espalhou o seu charme ao longo de mais de 50 anos pelas telas do cinema.
Fez o seu primeiro filme em 1932.
Nunca foi uma primeira figura, mas as suas interpretações eram únicas, uma mescla de elegância e humor, que Hollywood nem sempre terá sabido aproveitar convenientemente.
É curioso que chegou a ser candidato ao papel de James Bond que Sean Connery imortalizaria.
“A Volta ao Mundo em 80 Dias”, “Os Canhões de Navarone”, “Bonjour Tristesse”, “Lady L” e “Morte no Nilo” são os filmes que melhor recordo, onde a sua presença se fazia notar extraordinariamente.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

"Casei Com Uma Feiticeira"


Agora que as gerações mais novas descobriram “Casei Com Uma Feiticeira” de Nicole Kidman, gostaria de recordar a série dos anos 60 e 70 da televisão.
Era divertidíssimo ver Elizabeth Montgomery a torcer o nariz ( não era o nariz mas o lábio superior) e a espantar, com as suas “feitiçarias” o pobre do marido, perante o olhar cúmplice da mãe, também ela “feiticeira”.
Elizabeth Montgomery (1933-1995) teve, na série, o papel que a tirou do anonimato de Hollywood. Nunca teve grandes interpretações, nem grandes filmes, mas neste papel alcançou a fama.
Mais discreto que ela, Dick York (1928-1992) era a “vítima” dos acontecimentos inexplicáveis que aconteciam naquela casa.
Agnes Moorehead era a mãe. E esta sim, já era uma notável actriz. Lembram-se dela em “Citizen Kane”?
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