quinta-feira, 29 de março de 2007

João César Monteiro


Seria excêntrico.
Para alguns, até louco.
Para outros, genial.
Para mim, era tudo isso, uma loucura genial. Diferente.
A primeira vez que João César Monteiro me despertou a atenção foi com “Recordações da Casa Amarela”. Vi o filme, voltei a ver, e fiquei com muita vontade de pesquisar a sua obra. Essa oportunidade surgiu anos mais tarde quando todos os seus filmes foram editados em dvd. Nem hesitei. E vi todos. Sim, mesmo o “Branca de Neve”…
Monteiro percorre, até à exaustão, o modo de ser português, movendo-se na sua Lisboa do quotidiano, sem necessitar de procurar arquétipos, simplesmente filmando o que à sua, à nossa, volta se pode presenciar.
Os seus filmes retratam o “portuga”, o “Zé” do final do século XX.
Burlesco, impiedoso, mas acima de tudo verdadeiro, Monteiro cria igualmente uma linguagem muito própria, que utiliza magistralmente, e que nos surpreende, faz rir, meditar, olhar para nós próprios.
Integra aquela lista de realizadores que se ama ou odeia.
Claramente.
Ele sabia-o. E pouco ou nada se importava com isso.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Elisabete

Em Portugal, a obra completa está toda editada em dvd.
Talvez o filme mais conhecido seja "Recordações da Casa Amarela".

Beijo para si.

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