Bonita, gentil, charmosa, elegante. Aristocrata.
Olhos castanhos. Enormes. Profundos.
Belga, actriz, “Boneca de Luxo” e “My Fair Lady”.
Prémios, sucesso, consagração.
Distinção. Classe.
Audrey Hepburn.
Forever!
"O cinema não tem fronteiras nem limites. É um fluxo constante de sonho". Orson Welles
O irmão, Peter Fonda, teve uma carreira bem mais discreta, atingindo o seu ponto mais saliente em “Easy Rider”, no final dos anos 60, chegando a ser nomeado pela Academia nesse ano. Dedica-se mais à produção do que propriamente à interpretação.
E quando se pensaria que os Fonda desapareceriam da indústria, eis Bridget, filha de Peter, que fez a sua estreia no terceiro filme da saga “O Padrinho”.Ainda não atingiu a craveira da tia e do avô, mas percebe-se que ali…há qualquer “coisa”.
Os Fonda.
Quanto lhes deve a Sétima Arte?
Desejo.
Morte.
Religiosidade.
A importância da Palavra.
Deste conjunto é composta a obra de Ingmar Bergman (n. 1918).
Filho de um pastor luterano, que lhe impôs uma rígida educação, foi habituado desde criança a conviver com as punições mais humilhantes, sempre que fazia uma asneira. A vergonha e o pecado fazem parte integrante do seu universo.
A sua obra, que classificaria de monumental, assenta num naipe de actores de que nunca abdicou, e que são presença constante ao lado do realizador: Harriet Andersson, Max Von Sydow, Ingrid Thulin, Liv Ullmann, Bibi Anderson, e Gunnar Bjornstrand, ou seja, a “nata” do cinema sueco, com o Mestre.
Não vou nomear aqui qualquer dos seus filmes.
A lista é longa, e quase injusto é excluir algum.
Ou melhor…vou.
“Lágrimas e Suspiros”.
“Morangos Silvestres”.
“Monica e o Desejo”.
Beatriz Costa foi a grande vedeta feminina do cinema português nos anos 30 e 40 do século passado.
Personificava como ninguém a “saloia” dos arredores de Lisboa, retrato que a “Aldeia da Roupa Branca” demonstra à evidência. Foi esse o seu lançamento para a ribalta, a que se seguiria o celebérrimo “A Canção de Lisboa”, que a imortalizou no papel de costureira filha do patrão, apaixonada pelo estudante “cábula” que o pai afasta, até saber da riqueza das tias da província.
Como quase sempre aconteceu com os grandes actores do cinema nacional daquela época, Beatriz Costa era uma “estrela” do teatro de Revista, género que atraía multidões ao velhinho Parque Mayer. Aí compôs personagens e interpretou marchas e canções que ainda hoje, décadas passadas, são conhecidas de todos. A melhor “Marcha de Benfica” ainda é (e julgo que será sempre) a de 1935, e é dela.
E quem não sabe entoar “O Burrié”?
Tempos que já lá vão.