quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Mastroianni



Marcello Mastroianni (1924-1996) começou por ser um caso de sucesso em Itália, e depois por toda a Europa. E para isso muito contribuiu “La Dolce Vita”, que Fellini roda em 1960.
As palavras seguintes são do próprio realizador:
“ “La Dolce Vita” foi a primeira película em que trabalhei com Mastroianni. Recordo-me de lhe dizer: Chamei-te porque precisava de um sujeito normal, sem personalidade, sem expressão, banal, como tu. Não lhe disse isto com má intenção. Não quis ofendê-lo…ele representa também o tipo de homem ideal. É o homem que todas as mulheres desejariam”.
O que Fellini não disse, é que Mastroianni provinha da “escola do teatro”, onde durante anos trabalhara com Visconti. E que no cinema, onde se estreou em 1947, contracenou, entre outros, com Silvana Mangano, Lollobrigida, Vittorio Gassman e Giulietta Masina. Isto é, Mastroianni teve, desde o início, excelentes parceiros, com quem muito foi aprendendo, desde os grandes realizadores italianos, a todos os grandes actores e actrizes seus contemporâneos.
Ele próprio, um dos maiores de sempre.
Participou em 143 filmes, número impressionante, mesmo numa longa carreira.
Destacar este ou aquele, parece-me desnecessário. Seriam dezenas a merecê-lo.
Morreu em Paris, e quando o corpo foi trasladado para Roma, onde esteve em câmara-ardente no Capitólio, houve uma senhora que o velou toda a noite, e quase sempre sem se sentar. Seu nome, Sophia Loren.
E Dino Risi, um dos realizadores que o dirigiu, afirmou:
“Apagou-se o coração do cinema italiano. A sua alma mais bela”.

Marcello Mastroianni.
Uma lenda.

6 comentários:

teresamaremar disse...

Mi ricordo, sì, io mi ricordo

conversa de confessionário, em flash-back.
Conversa ao entardecer. De apaziguamento.


Secondo Proust, i paradisi migliori sono i paradisi perduti. E' una frase giustamente famosa. Io mi permetto di aggiungere che forse esistono paradisi ancora più attraenti dei paradisi perduti: sono quelli che non abbiamo mai vissuto, i luoghi e le avventure che intravediamo laggiù - non alle nostre spalle, come i paradisi perduti che ci riempiono di nostalgia, ma davanti a noi, in un futuro che un giorno forse, come i sogni che si avverano, riusciremo a raggiungere, a toccare. Chissà, forse il fascino del viaggiare sta in quest'incanto, in questa paradossale nostalgia del futuro.


Lembro-me... Soberba!

Pedrita disse...

lindo, talentoso, maravilhoso! beijos, pedrita

teresamaremar disse...

Reler este post ao som das Luzes, voltar acima para me deter na foto, e deixar vir as imagens dispersas, é deveras tocante.

Luís A. disse...

o seu papel amargurado em la dolce vita a mim marcou-me. quanto ao resto da carreira não conheço muito bem, mas “Apagou-se o coração do cinema italiano. A sua alma mais bela”., é uma frase belíssima. abraço cinéfilo josé

Anónimo disse...

José

Que homemmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm!

:)

spring disse...

olá josé quintela soares!
o marcello é um dos grandes vultos do cinema italiano e mundial, as suas interpretações são inesquecíveis... gostaria de destacar esse filme espantoso de Ettore Scola (hoje tão esquecido) "Um Dia Inesquecível" com o Marcello e a Sophia Loren.
abraço cinéfilo
paula e rui lima

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