domingo, 29 de julho de 2007

Lee Marvin


A sua voz grave, e o aspecto duro, proporcionaram-lhe inúmeros papéis de vilão ao longo da sua carreira.
Nascido em 1924, Lee Marvin foi expulso de várias escolas por mau comportamento, saindo da última para a Marinha americana. Ferido na II Guerra Mundial, Marvin foi condecorado pela bravura demonstrada, enquanto muitos dos seus camaradas morreram nessa batalha.
Apesar de herói, conseguiu apenas um emprego como canalizador, e um dia, ao consertar um cano de um teatro, o “manager” que havia falado com ele, ao reparar na sua voz, convidou-o para substituir um actor que fazia um secundaríssimo papel.
E assim começou uma carreira que o levaria a Oscar da Academia.
“Cat Ballou”, “Ship of Fools”, “The Dirty Dozen”, “Paint your Wagon”, “The Klansman” e “Gorky Park” são apenas alguns dos seus grandes êxitos.
Morreu em 1987.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Morgan Freeman


O pai era barbeiro e a mãe empregada de limpeza.
Nascido em 1937, aos 8 anos integra uma peça de teatro na escola, aos 12 ganha um prémio de interpretação. Quando completou 18 anos ganhou uma bolsa de estudo , mas preferiu servir a Força Aérea dos Estados Unidos, como mecânico.
Mas o “bichinho” estava lá…e ei-lo em 1964, em Nova York, como bailarino, e poucos anos depois estreia-se no cinema, já a residir em Los Angeles.
E, como é sabido, nunca mais parou.
Os sucessos são tantos…vou apenas lembrar “Driving Miss Daisy”, “The Shawshank Redemption”, “Glory”, “Seven”, “Robin Hood, Prince of Thieves”, e muitos mais.
Morgan Freeman é um dos mais conceituados actores norte-americanos, e as suas interpretações são e serão inesquecíveis.

domingo, 22 de julho de 2007

Yul Brynner


“O Rei e Eu”.
Bastaria este filme para eternizar este actor.
Mas Yul Brynner interpretou também “Os Sete Magníficos”, “Os Irmãos Karamazov”, “Anastasia”, “Taras Bulba”, “Os Dez Mandamentos” e muitos outros grandes sucessos.
A cabeça rapada era a sua “marca”, hoje banal, mas na época absolutamente inédito.
Yuliy Borisovich Brynner, seu verdadeiro nome, começou por cantar em cabarés de Paris, onde durante a Grande Guerra foi locutor de uma cadeia de rádio americana que fazia a propaganda dos aliados.
Para além de cantor, Brynner era um excelente fotógrafo, e existem dois livros publicados com os seus trabalhos.
Mas “O Rei e Eu”, e o seu Rei de Sião, catapultaram-no para a fama. No teatro, interpretou o papel mais de quatro mil vezes, e ganhou o Oscar de melhor actor com o filme.
Morreu em 1985, no mesmo dia de Orson Welles.
Ou seja, um dia desastroso para a Sétima Arte.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Irene Papas



Juntamente com Melina Mercouri, são as duas grandes figuras do cinema que a Grécia viu nascer.
Descoberta por Elia Kazan, admirada por Fellini, amiga íntima de Katharine Hepburn, Irene Papas participou em mais de 70 filmes numa carreira com mais de 50 anos.
“Zorba”, “Os Canhões de Navarone”, “Z”, “Elektra” são apenas alguns dos mais conhecidos.
Personalidade forte, ficaram célebres algumas das suas frases, tais como:“Nunca ganhei um Oscar…e os Oscares nunca ganharam Irene Papas”, ou “Melina Mercouri era uma estrela, eu sou uma idealista lutadora”.



quinta-feira, 12 de julho de 2007

George C. Scott


Como já escrevi a outro propósito, há actores que ficam célebres por este ou aquele papel. Podem depois rodar dezenas de filmes, mas aquele ficará sempre a sua imagem “de marca”.
No caso de George C. Scott (1927-1999), temos “Patton”, com o qual venceu o Oscar de Melhor Actor em 1970.
Quem vê este filme, não mais o olvidará.
E até nos esquecemos das suas magistrais interpretações em “Dr.Strangelove”, “Islands in the Stream”, e “The Formula”, para citar apenas três dos cerca de 40 filmes em que participou.
As personagens que interpretou são fortes, duras e inteligentes. Como ele.
Sabem quem era a sua actriz preferida? Bette Davis.
E o “C” no seu nome é a inicial de “Campbell”.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Derek Jacobi

Que faz um actor de Teatro num blogue de Cinema?
Desculpem, mas não resisti.
Uma série de televisão foi suficiente para eu o considerar excepcional.
“Eu, Cláudio”.
Não perdi um episódio desta fantástica interpretação, que nunca esqueci.
Derek Jacobi nasceu em 1938, nos arredores de Londres, e bem cedo integrou o grupo de Teatro do colégio onde estudou. Depois, em Cambridge, onde se licenciou em História, não deixou de representar, alcançando sucesso imediato em “Hamlet”.
De tal maneira, que foi convidado por Laurence Olivier para, no regresso a Londres, integrar o grupo fundador do novo National Theatre. Durante anos, aí contracenou com grandes figuras como Peter O’Toole, até que em 1976, a convite da BBC, surge “Eu, Cláudio”, que o tornou um actor lendário a nível mundial.
Recomendo, a quem nunca viu, que o faça.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Jeanne Moreau


Começou na Comédie-Française, o que é, desde logo, um bom princípio, mas rapidamente foi chamada para o mundo do cinema, tal o nível das suas representações.
Nascida em 1928, Jeanne Moreau nunca abandonou o teatro, preenchendo assim uma já longa e brilhante carreira.
Trabalhou com Truffaut, Malle, Antonioni, Welles.
Quem não recorda “Jules et Jim”?
Actriz completa, soube adaptar a idade aos inúmeros papéis que foi aceitando, mas sempre sob um critério rígido de qualidade. Não desbaratou o seu talento em produções menores, ou de intuitos meramente comerciais.
“É a melhor actriz do mundo” sentenciou Orson Welles.
Opiniões.
Mas vinda de onde vem…tem peso!

terça-feira, 3 de julho de 2007

Carmen Maura

Nascida em 1945, em Madrid, o pai era oftalmologista e a mãe directora de uma galeria de arte. Frequentou as Belas Artes em Paris, para além do curso de Filosofia na Universidade da capital espanhola. Foi exactamente no teatro universitário que dá os primeiros passos na representação, e percebeu que o seu destino era ser actriz.
Contrariando os pais, aceita trabalho em cafés, cabarets, teatro amador, e pequenos papéis em filmes secundários.
“Tigres de Papel” é o seu primeiro grande trabalho, em 1977.
E é nessa época que conhece Almodóvar, com quem começa a trabalhar incessantemente. Através dos seus filmes, pudemos conhecer esta enorme actriz, versátil e completa, em comédia ou drama.
São tantos os seus êxitos que seria fastidioso enumerá-los.

Carmen Maura.
A classe.

domingo, 1 de julho de 2007

Vasco Santana

“Ó Evaristo…tens cá disto?”

Esta simples pergunta, rimada, feita no filme “O Pátio das Cantigas” em 1942, eternizou um grande actor.
Vasco Santana (1898-1958) não chegou a ser o arquitecto que sonhara, pois uma representação teatral de amadores em 1917 afastou-o dos projectos iniciais.
O Teatro seria a sua grande paixão, mas foi o Cinema que perpetuou a sua craveira de enorme talento, não se limitando a fazer rir pela sua figura, de homem baixo e gordo, mas impondo-se muito para além disso.
Além do já citado filme, “A Canção de Lisboa” e “O Pai Tirano” constituem a tripla do sucesso.
Foi também um homem da Rádio, numa época em que não havia televisão.
As rábulas do “Zequinha e da Lélé”, de finais dos anos 40, dominavam as atenções do público, e Vasco Santana conheceu mais um ponto alto na sua popularidade, ao lado de uma Irene Velez que aí conheceu o único relevo de uma carreira apagada.

“Chapéus há muitos!...seu palerma!”

“Esternocleidomastoideu”!

Vasco Santana.
Inesquecível!










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