Do período áureo da comédia portuguesa, que se transformaria em cinema de sucesso popular, “O Pátio das Cantigas” é, na minha opinião, “la crème de la crème”.
Os seus intérpretes eram todos vedetas do teatro de Revista, que diariamente levava centenas e centenas de pessoas, em 2 sessões, aos vários teatros existentes no saudosíssimo Parque Mayer.
António Silva, Vasco Santana, Laura Alves, Ribeirinho e Barroso Lopes, formavam um grupo de luxo, a que se juntou o então grande galã do cinema português, António Vilar.
“Ó Evaristo, tens cá disto?”, “Ouçam ópera….que é música própria para…operários!”, "Oh seu camelo!", “Arranjo-lhe um lugar no desemprego e dessincronizo-lhe a tromba!”, a explicação do funcionamento do aparelho de rádio…enfim, tantas e tantas cenas e ditos inolvidáveis, que passadas décadas, ainda são lembradas por todos (e fomos todos) os que vêem repetidamente este filme.
Uma curiosidade: a “D.Rosa” era interpretada por Maria das Neves, actriz de primeiro plano igualmente na Revista, e foi ela quem pela primeira vez cantou, exactamente no Parque Mayer, a canção “O Cochicho”, que dispensa qualquer apresentação.
Único filme realizado por Ribeirinho (irmão de António Lopes Ribeiro…lembram-se do “Museu do Cinema”?), teve a sua estreia em Lisboa em 1942.
Os seus intérpretes eram todos vedetas do teatro de Revista, que diariamente levava centenas e centenas de pessoas, em 2 sessões, aos vários teatros existentes no saudosíssimo Parque Mayer.
António Silva, Vasco Santana, Laura Alves, Ribeirinho e Barroso Lopes, formavam um grupo de luxo, a que se juntou o então grande galã do cinema português, António Vilar.
“Ó Evaristo, tens cá disto?”, “Ouçam ópera….que é música própria para…operários!”, "Oh seu camelo!", “Arranjo-lhe um lugar no desemprego e dessincronizo-lhe a tromba!”, a explicação do funcionamento do aparelho de rádio…enfim, tantas e tantas cenas e ditos inolvidáveis, que passadas décadas, ainda são lembradas por todos (e fomos todos) os que vêem repetidamente este filme.
Uma curiosidade: a “D.Rosa” era interpretada por Maria das Neves, actriz de primeiro plano igualmente na Revista, e foi ela quem pela primeira vez cantou, exactamente no Parque Mayer, a canção “O Cochicho”, que dispensa qualquer apresentação.
Único filme realizado por Ribeirinho (irmão de António Lopes Ribeiro…lembram-se do “Museu do Cinema”?), teve a sua estreia em Lisboa em 1942.
6 comentários:
Ó José, as coisas que você sabe!!!
Essa de o Ribeirinho (Leitaria Estrela d'Alva, Leites, Queijos e Manteigas das Melhores Proveniências!) ser irmão do António Lopes Ribeiro é uma surpresa para mim! E adoro aprender! É claro que me lembro do Museu do Cinema (Bô Nôte...), até me lembro do indicativo musical!
"O Pátio das Cantigas" (que não tenho, mea culpa)é um dos meus eternos favoritos, um daqueles filmes que me devolvem a boa disposição. Sei-o de cor. Para mim um dos momentos mais notáveis é quando já nem sei quem, para instalar um estendal para a D. Rosa, começa a fazer furos na parede que desembocam directamente na adega do Evaristo. E o vinho começa a jorrar... Vem tudo com alguidares, jarros, garrafas, lo que sea... E aparece um tonto qualquer de martelo na mão a furar freneticamente a parede ao acaso e a dizer "Eu só queria que me saísse branco!!!!". Considero este curto momento de antologia, ao nível dos melhores de sempre na História do cinema.
Lembrei-me agora de mais três do filme, José:
O António Silva e Filha (Laura alves) vão a águas (expressão corrente na época)... para o Cartaxo!!!
A Laura Alves, perita em atropelar o português, quando o galã de serviço António Vilar lhe manda um avião de papel, derrete-se toda e exclama qualquer coisa em que surge a palavra "aereoplano"...
Quando o António Silva compra a telefonia e a põe a tocar, tem esta frase extraordinária, a expressar a qualidade daquilo que lhe chega pelas ondas hertzianas: "Isto é autêntico Carlos Mardel!"
A nata do cinema português, sim. Exímia em jogos de palavras. À laia de Revista.
Um filme a três mãos.
Um António Silva arrogante,
Um Ribeirinho temeroso,
Um Vasco insolente.
A não esquecer que todos eles vêm da escola de teatro, que o cinema era ainda quase ensaio.
Pátios... espaços fechados, intimistas, comunitários.
Lisboa de 40 confinada a um pátio. Anónima a ganhar rosto. Bairrista.
Amores e desamores. Mexericos.
Comme il faut :)
A leitaria, a drogaria, o mercado... hummmm espaços de saudade...
A Graça Maria, de sotaque doce, a lembrar Carmen Miranda.
Em tradição, Fado e Santos Populares.
[faltou o hino na elegia ao nacionalismo :)]
O mónologo... do candeeiro.
[Gil Vicente teria gostado, aposto]
"Oh tu que dás luz à lua!" :)
Intemporal.
Boa noite Teresa,
só agora dei conta da sua última resposta no post anterior, poderá já ser extemporânea, ainda assim, porque acho que não devemos deixar sem resposta quando se nos dirigem, lá fica...
Olá José Quintela Soares!
Ainda andávamos de calções quando começámos a ver o "Museu de Cinema", e as célebres "curtas" do Chaplin. Tivemos a feliz oportunidade de ver no cinema por duas vezes o "Pátio das Cantigas" uma delas com a presença do António Lopes Ribeiro, que contou aventuras da rodagem... na televisão, já lhe perdemos a conta.
um abraço cinéfilo
paula e rui lima
Bom dia, Teresa.
Também só há pouco vi a sua resposta. E lá ficou a minha.
Um beijo.
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