“Ninguém me diz o que devo fazer. Vivi assim toda a vida”.
“A única razão pela qual estou em Hollywood, é porque não tenho coragem moral para recusar dinheiro”.
“Um actor é acima de tudo um poeta, e no extremo oposto um “entertainer””
“A única coisa que um actor deve ao seu público é não o maçar”.
“Fui para casa e ensaiei para satisfazer a minha curiosidade sobre a minha habilidade para desempenhar um italiano. Caracterizei-me, meti alguns “Kleenex” na boca, e coloquei-me em frente a um espelho, e depois num écran da televisão. Decidi que podia criar um personagem que serviria de suporte à história. As pessoas da Paramount viram a gravação e gostaram, e foi assim que me tornei “O Padrinho””.
“É bom nunca confundir o tamanho da tua capacidade de compra com o do teu talento
terça-feira, 10 de abril de 2007
Marlon Brando
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8 comentários:
Aqui é que a porca torce o rabo. Não consigo embarcar na veneração geral de que ele é alvo, até embirro um bocado com ele. Mesmo reconhecendo que é um grande actor...
Como com o James Dean, e quando me referem a famosa cena do A Leste do Paraíso em que ele se sente rejeitado pelo pai ainda me sinto mais desconfortável. Acho aquilo overacting. Não gosto lá muito dele. Julgo que o maior contributo para ele ter sido elevado ao nível de mito terá sido da comunidade gay, que o transformou num mito. Palavras de um amigo meu gay ele próprio mas a quem o James Dean também deixa indiferente.
James Dean nada me diz.
Acho mesmo que se não tivesse morrido tão novo, não teria sido nem mito nem sequer um grande actor.
Mas enfim...a sua curta vida e os papéis de "rebelde", criaram-lhe aura de herói, que está longe de ser.
A morte prematura mitifica em qualquer arte, e não só [veja-se uma princesa Diana].
Se recuarmos a vários posts aqui publicados, muitos actores maiores jamais se tornaram/tornarão mitos após a sua morte. E são actores maiores.
Porque mais expostos, porque mais com o público convivendo, porque mais sujeitos à observação, mais permanecem no plano do real.
Serão de outra forma lembrados, porventura mais venerados, mas não mitificados.
O mito é imaginário. A morte prematura mitifica, beatifica até. E vai daí que alguns, que não morrendo jovens, se retirem, para que essa aura possa manter-se.
Será uma forma "inteligente" de manter a perenidade, embora privando-nos do seu saber, do seu fazer?
Marlon Brando!
Grande ator.....
Olá teresamaremar
É isso, talvez pela mesma razão que mesmo os facínoras, quando morrem, suscitem sentimentos de pena, e passem a ser lembrados com alguma leveza de julgamento, que em vida não tinham.
Por exemplo, Greta Garbo.
Uma diva!
Quando percebeu que estava no auge, retirou-se, nem fotografada gostava de ser, e viveu até aos 90.
Ficou a "Mata Hari" na memória de todos, aquela beleza escandinava, séria e imortal.
E...quando vi uma foto tirada pouco antes de morrer, percebi que ela tinha razão. Como era possível ter-se transformado numa idosa muito enrugada, de expressão carregadíssima?
Sobre a morte prematura que mitifica, lembrei-me do hilariante "Goodbye Eddie, Goodbye" (Paul Williams, no "Fantasma do Paraíso" de Brian de Palma". Não resisto a deixar aqui parte da letra. O clip da música (divertidíssima, cantada por um grupo imaginário chamado Juicy Fruits) está no youtube e vale a pena.
http://www.youtube.com/watch?v=xd4IxRHlNVQ
"And now the tragic story
Eddie's sister, Mary Louise
Needed an operation
To get the money he would have to become
An overnight sensation
Eddie believed the American people
Had wonderful, love giving hearts
His well-publicized end
He considered would send
His memorial album to the top of the charts
...And it did
When a young singer dies
To our shock and surprise
In a plane crash or flashy sports car
He becomes quite well known
And the kindness he's shown
Has made more than one post mortem star
Well you did it Eddie
And though it's hard to applaud suicide
You gave all you could give
So your sister could live
All America's choked up inside
We'll remember you forever Eddie
Thru' the sacrifice you made
We can't believe the price you paid
For love"
É verdade... Greta Garbo, e fico a pensar que se resguardou muito bem. O culto fez-se.
Mas, depois, lembro uma Simone Signoret, uma katharine hepburn, uma Bette Davis...
uma Catherine Deneuve, que se permite continuar presente...
lembro, ainda, Fernanda Montenegro, e, mais perto de nós, Palmira Bastos, Amélia Rey Colaço, Eunice Munhoz...
e já não tenho tantas certezas quanto ao resguardo, pois que todas estas assumiram/assumem com dignidade as vicissitudes do tempo.
Lembro, também, entretanto, uma entrevista, de há anos, com o Eduardo Lourenço, em que ele referia que se preocupava com a imagem que dele para os outros pudesse ficar.
Óbvio que não se referia ao visual ou estética, mas, ainda que à rectidão, carácter e labor se reportasse, se um Eduardo Lourenço, onde prima o discernimento, assim diz, aceitemos cada estar sem julgamentos.
James Dean me diz muito. A mim e a milhares de outras pessoas em todo o mundo, há + d 1/2 século após a s/morte. Ele está + vivo do q muitos q andam por aí. Como ícone, é incontestável e, talvez, incomparável: 18 meses de trabalho no cinema e uma repercussão desse tamano não é p/qualquer um. Outros atores morreram jovens e tragicamente e estão no anonimato. Por que? Como ator, prefiro acompanhar a opinião de diretores como Truffaut e Altman, q o consideravam acima da média dos d+ atores.
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