Há pouco tempo, sentado numa das pequenas salas de um Centro Comercial à espera que o filme começasse, recordei os tempos em que, igualmente sentado no meu lugar, aguardava o início da sessão.
Para aí chegar, havia sido conduzido por um arrumador, que a troco de uma gorjeta me dava o “programa”, em que se podiam ler algumas linhas sobre o filme, intérpretes e realizador.
Quando a luz se apagava, surgia um “documentário”, “O Mundo em Notícias” vindo do Brasil…ou então sobre a visita do “Chefe de Estado” a um qualquer lugar sem importância alguma.
Depois vinha o filme. Que era interrompido a meio para o intervalo.
No “foyer” dos cinemas fumava-se, ia-se ao bar, viam-se as montras/expositores, até soar o “gong”, sinal de que o filme iria recomeçar.
Era assim.
Hoje, é frequente os lugares nem serem marcados, os arrumadores desapareceram, “programas”…. idem, intervalo fugiu.
Em compensação temos cheiro a pipocas, coca-cola, e o barulho da sala ao lado.
Mas não temos os filmes censurados.
Só por isso…vale a pena o "sacrifício".
Para aí chegar, havia sido conduzido por um arrumador, que a troco de uma gorjeta me dava o “programa”, em que se podiam ler algumas linhas sobre o filme, intérpretes e realizador.
Quando a luz se apagava, surgia um “documentário”, “O Mundo em Notícias” vindo do Brasil…ou então sobre a visita do “Chefe de Estado” a um qualquer lugar sem importância alguma.
Depois vinha o filme. Que era interrompido a meio para o intervalo.
No “foyer” dos cinemas fumava-se, ia-se ao bar, viam-se as montras/expositores, até soar o “gong”, sinal de que o filme iria recomeçar.
Era assim.
Hoje, é frequente os lugares nem serem marcados, os arrumadores desapareceram, “programas”…. idem, intervalo fugiu.
Em compensação temos cheiro a pipocas, coca-cola, e o barulho da sala ao lado.
Mas não temos os filmes censurados.
Só por isso…vale a pena o "sacrifício".
6 comentários:
pela sua descrição parece mais uma sessão de teatro do que de cinema. realmente é muito diferente hoje em dia. por sorte cineclubes não trazem tanto cheiro de pipoca e coca-cola, o que já é um consolo. beijos, pedrita
Está saudoso José?
beijos!
Não Elisabete, não tenho saudades nenhumas de um tempo de obscurantismo, perseguição, proibição e falta de tudo.
Pois José eu tenho saudades desse tempo, onde o respeito existia, coisa que agora parece estar fora de moda, está claro que teriamos de tirar as perseguições, a censura e um organismo chamado PIDE. Se tiramos tudo isso não era melhor o tempo em que se podia ver um filme sossegado sem o barulho que alguns Bad Boys fazem, só por fazerem.
Um abraço José.
Cinemas como a Lusomundo estão a começar a optar por fazer intervalos... para as pessoas consumirem mais pipocas e mais coca-cola...
olá josé quintela soares!
Eu ainda sou do tempo em que havia o tal documentário noticioso visionado pelo serviço de censura e depois vinham os desenhos animados e por fim o filme com o respectivo intervalo, para ir comprar o meu chocolate favorito (candy-bar era o nome e já não existe no mercado).
Mas também era habitual espectador do Jardim Cinema e do Paris, (na infância e na adolescência passei a vida no cinema) onde passavam dois filmes, o primeiro sem intervalo e o segundo com intervalo... ou seja passava lá as tardes de sábado e domingo, ficando sempre com o "cartaz em dia" e via com enorme prazer filmes que ainda não eram para a minha idade, a altura era o trunfo, por ali vi clássicos e novas vagas, sem o saber, até ao dia em que nasceu o Quarteto e ali tirei o "curso de cinéfilo" e durante alguns anos guardei o célebre programa com críticas de revistas da especialidade.
um abraço cinéfilo
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