Considero-a no topo das actrizes italianas.
Personalidade forte, impôs o seu talento, a sua “marca”, em cada um dos seus filmes, e muitos foram. Era uma estrela, sem os atributos físicos e a beleza de muitas das suas compatriotas. Só que Anna Magnani (1908-1973) não precisou disso. O seu olhar, a sua expressão facial, "diziam" tudo.
Foi Rossellini quem a trouxe à fama com “Roma, Cidade Aberta”, em 1945.
Mas foi dirigida por muitos dos maiores realizadores do seu tempo. Jean Renoir afirmou simplesmente que “foi a maior actriz com quem alguma vez trabalhei”.
E quem a esquece em “Mamma Roma”, de Pasolini em 1962? O filme provocou tal impacto na época (Magnani desempenha o papel de uma prostituta) que só foi estreado nos Estados Unidos 33 anos depois….
O seu funeral teve uma moldura humana impressionante, e segundo a imprensa da época, só comparável ao de um Papa.
Roma, a sua Roma, quis assim homenagear esta mulher do povo, simples mas excepcionalmente talentosa.
Quando se divorciou do seu único marido, afirmou aos jornalistas: “ As mulheres como eu apenas se submetem a homens capazes de as dominar., e eu não encontrei ninguém capaz de me dominar”.
Anna Magnani.
Uma estrela.
2 comentários:
Ela foi uma das grandes estrelas do cinema, mas ao contrário de muitas outras era feita de carne e ossos, no seu interior vivia uma mulher inesquecível.
um abraço cinéfilo
Obrigada pela visita. Eu faço ligações para os blogues que acho interessantes, embora não lhes diga nada aos blogueiros. Agora estou a rever o cinema italiano. Descobri este pelo blogue do Rui Luís Lima. Cumprimentos.
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