Isabelle Huppert (nasceu em 1955), começou como actriz de Teatro, e muito jovem já era reconhecida com o seu talento para papéis dramáticos.
Aparece pela primeira vez no cinema em 1971, num papel secundário em “Les Valseuses”.
Mas é com Claude Chabrol que atinge o estrelato, Em 1978 ganha o prémio de interpretação feminina em Cannes, com “Violette Noziere”.
E há uma característica que poucos conhecem e que a distinguem de muitas: é ela que escolhe os papéis que quer interpretar, e por isso, trabalhou com os realizadores que mais apreciava, como Godard, Pialat, Wajda, entre outros.
Volta a ganhar mais um prémio em Cannes com o filme “La Pianiste” em 2001, sendo a actriz que mais filmes teve em competição neste importante Festival.
É igualmente a actriz francesa mais vezes nomeada para os “Cesar”, o Oscar daquele país. Se pensarmos na quantidade de grandes estrelas que sempre povoaram o cinema de França, este facto fala por si.
Huppert é única.
Em cada um dos seus filmes, arrebata-nos.
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Isabelle Huppert
segunda-feira, 28 de maio de 2007
Anna Magnani
Considero-a no topo das actrizes italianas.
Personalidade forte, impôs o seu talento, a sua “marca”, em cada um dos seus filmes, e muitos foram. Era uma estrela, sem os atributos físicos e a beleza de muitas das suas compatriotas. Só que Anna Magnani (1908-1973) não precisou disso. O seu olhar, a sua expressão facial, "diziam" tudo.
Foi Rossellini quem a trouxe à fama com “Roma, Cidade Aberta”, em 1945.
Mas foi dirigida por muitos dos maiores realizadores do seu tempo. Jean Renoir afirmou simplesmente que “foi a maior actriz com quem alguma vez trabalhei”.
E quem a esquece em “Mamma Roma”, de Pasolini em 1962? O filme provocou tal impacto na época (Magnani desempenha o papel de uma prostituta) que só foi estreado nos Estados Unidos 33 anos depois….
O seu funeral teve uma moldura humana impressionante, e segundo a imprensa da época, só comparável ao de um Papa.
Roma, a sua Roma, quis assim homenagear esta mulher do povo, simples mas excepcionalmente talentosa.
Quando se divorciou do seu único marido, afirmou aos jornalistas: “ As mulheres como eu apenas se submetem a homens capazes de as dominar., e eu não encontrei ninguém capaz de me dominar”.
Anna Magnani.
Uma estrela.
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Faye Dunaway
Têm o seu período áureo e depois multiplicam a sua presença em filmes banais, que nada acrescentam às suas carreiras.
Faye Dunaway (nasceu em 1941) integra este numeroso grupo.
Estreou-se no cinema em 1967 no filme “Hurry Sundown” e logo nesse ano consegue protagonizar com Warren Beatty “Bonnie and Clyde”, talvez o seu melhor filme.
Ou seja, logo no ano em que inicia a sua actividade, tem o seu grande papel.
Mas nos anos 70 podemos vê-la em grandes filmes, “Os Três Dias do Condor”, “O Pequeno Grande Homem”, “Chinatown” e “Network”, que lhe valeu o Oscar para Actriz Secundária.
E a partir daí… para além de uma película biográfica sobre Joan Crawford, que interpretou magistralmente, nada de especial a apontar.
Mas há um filme, de que talvez poucos se lembrarão, que nunca esqueci: “Os Olhos de Laura Mars”, de 1978, em que Faye Dunaway me encantou.
Uma grande actriz que não soube gerir a carreira?
Talvez.
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Gregory Peck
Julgo que Gregory Peck (1916-2003) faz parte deste último grupo.
E será curioso pensar que este grande actor ( até na altura era grande, 1,91 m) desempenhou sobretudo papéis de homem honrado, com sérios compromissos com a ética e a honra, mesmo quando político. Ou seja, personagens que correspondem, na vida real actual, a figuras em vias de extinção…
Caiu por isso no esquecimento?
Estreou-se em 1944 em “Days of Glory” e trabalhou quase até à sua morte, ou seja, esteve perto de seis décadas nos cinemas de todo o mundo, protagonizando 59 filmes.
Listar os mais importantes seria fastidioso, tantos são.
“Os Canhões de Navarone”, “Duelo ao Sol”, “Moby Dick”.
Apenas três dos mais conhecidos.
domingo, 20 de maio de 2007
Marx Brothers
Groucho (1890-1977) era o génio, de piada rápida, aparentemente fácil, num discurso que nunca mais acabava, dito sem pausas.
Em contraste, Harpo (1888-1964) não falava. Apenas mímica, num excepcional instrumentista de harpa.
E Chico (1887-1961) era um bom pianista, mas sem o talento dos dois irmãos.
Estes três homens marcaram a comédia cinematográfica.
Qualquer um dos seus filmes merece ser visto e principalmente revisto, porque nem sempre a legendagem corresponde ao verdadeiro sentido do que é dito, nomeadamente com Groucho, cujas “tiradas” são de antologia. Inesquecíveis as suas conversas com Margaret Dumont, sua eterna apaixonada, de que Groucho se servia para sair airosamente de situações delicadas. As respostas que dá às tentativas de sedução são hilariantes.
quarta-feira, 16 de maio de 2007
Fred Astaire
Porque ninguém dançou como ele na Sétima Arte.
E quando encontrou o par “ideal”, Ginger Rogers, a dupla encheu de fantasia, de ritmo, de beleza, os écrans de todo o mundo.
“Ele dava-lhe classe, ela dava-lhe sex-appeal”, disse alguém e com razão.
É curioso saber que Astaire detestava dançar fora das filmagens, e achava mesmo “entediante” as danças de salão. “Casa de ferreiro”….
Passaram já muitos anos.
Mas quando se assiste a qualquer filme de Fred Astaire, nem pensamos nas dezenas de anos que os filmes têm, ficando apenas concentrados na magia que sabia transmitir.
Inimitável.
sábado, 12 de maio de 2007
"Hong Kong"
Rod Taylor era o protagonista, um agente americano que resolvia os casos mais complicados de espionagem e não só, em Hong Kong.
Fazia-se transportar num descapotável, sempre rodeado de “belezas” orientais, sendo uma espécie de precursor de “O Santo” que, anos mais tarde, Roger Moore elevaria ao estrelato.
Eu tinha 7 ou 8 anos, e lembro-me de discutir com os meus amigos do colégio (que saudades, Externato Nossa Senhora da Estrela!) as peripécias vistas no episódio da véspera.
Rod Taylor ainda não tinha sido escolhido por Hitchcock para fazer companhia a Tippi Hedren no celebérrimo “Os Pássaros” (1963), e foi seguramente o êxito desta série que catapultou o actor para este filme, definitivamente o melhor que protagonizou. Toda a sua carreira posterior não esteve ao nível do trabalho que fez com o grande Mestre do policial.
“Hong Kong”.
Alguém se lembra?
quinta-feira, 10 de maio de 2007
"Thinking blogger AWARD"
Paula e Rui Lima, que diariamente nos dão o prazer de ler o seu “Paixões e Desejos” (http://paixoesedesejos.blogspot.com), tiveram a amabilidade, que agradeço, de nomear o “Arte Sétima” como um “thinking blog”.
Eles merecem bem mais do que eu, e só não os vou nomear porque pareceria “troca de galhardetes”, e creio não ser bem esta a intenção da iniciativa.
Assim, passo a nomear os blogues que me fazem pensar, e que de alguma maneira contribuem para a minha vontade de enfrentar este quotidiano tão repleto de mediocridade.
http://nastintasparaasregras.blogspot.com
(Teresamaremar “abre” a janela da Pintura, com classe e simplicidade)
http://cinemanotebook.blogspot.com
(Visita diária, que não dispenso, ao mundo do cinema, que Knoxville conhece bem)
http://contemporaneas.blogspot.com
(Um dos melhores blogues sobre crítica musical)
http://dolugardemim.blogspot.com
(Uma pausa no bulício)
http://elisabetecunha.wordpress.com
(Do Brasil, um excelente blogue)
Mais haveria para nomear.
Mas como só são 5, estes sem dúvida.
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Woody Allen
É realizador, escritor, actor, músico de jazz e argumentista.
Escreve e dirige os seus filmes, onde também é frequentemente a personagem principal. Desde os anos 60 até hoje.
“Annie Hall” foi o seu único filme premiado pela Academia, o que parece uma injustiça tremenda. Mas nestas coisas de Oscares, nem sempre os que perdem são menos bons…
Confesso que Woody Allen, é dele que falamos, é um dos meus ídolos.
De um humor refinado, por vezes cáustico, não precisa de recorrer à sua “fraca” figura para nos levar à gargalhada fácil. Nem sequer à gargalhada.
E curiosamente, prefiro-o como actor. Cria personagens únicas, ímpares, e é isso que distingue os grandes dos que o não são.
“Não tenho medo da morte, apenas não quero lá estar quando acontecer”
Simplesmente Woody Allen!
domingo, 6 de maio de 2007
Stanley Kubrick
Em cerca de 50 anos de trabalho, não chegou aos vinte filmes realizados. Só que…nesse período de tempo, surgiram filmes como Spartacus, Lolita, Dr. StrangeLove, 2001 – A Space Odissey, A Clockwork Orange, Barry Lyndon, The Shining, Eyes Wide Shut e A.I. – Artificial Intelligence.
Ou seja, uma obra impressionante de qualidade, variedade de temáticas abordadas, classe.
E nestes filmes de Kubrick brilharam, entre outros, Kirk Douglas, Peter Sellers, Malcolm McDowell, Ryan O’Neal, Jack Nicholson e Nicole Kidman, para referir apenas alguns.
Mais um génio do Cinema!
quinta-feira, 3 de maio de 2007
"O Homem da Câmara de Filmar"
Há pouco tempo, tive oportunidade de ver “O Homem da Câmara de Filmar”, de Vertov, que o realizou em 1929.
É um documentário excepcional, que retrata um dia na vida de uma cidade soviética, com movimentos de câmara absolutamente geniais e inéditos à época.
Setenta minutos que “voaram”!
Talvez a Cinemateca venha a repetir a exibição. Não percam!
terça-feira, 1 de maio de 2007
The Douglas Family
É ele mesmo, Kirk Douglas (nasceu em 1916).
Se a pergunta for “Qual o melhor filme de Kirk Douglas?”, a resposta será, invariavelmente, “Spartacus”.
“Indique mais filmes com ele?” Bom, aí surgem dificuldades…Há actores assim, ficam conhecidos com um papel e tudo o resto cai na penumbra do esquecimento. E no entanto, Kirk anda a fazer filmes desde 1946, sendo o último (até agora….) de 2005.
Michael, que nasceu em 1944, estreou-se no cinema em 1969, mas tem repartido a sua carreira de actor com a de produtor.
Foi ele, por exemplo, o produtor de “Voando Sobre Um Ninho de Cucos”, e de “O Síndroma da China”.
Os Douglas.
Dois excelentes actores.
Tal pai…tal filho.