Antes de ser actor trabalhou num talho, foi motorista, praticou boxe, não teve uma juventude economicamente desafogada.
Até que em 1936, com 21 anos, decide participar num concurso lançado pelo célebre Cecil B. deMille, que procurava actores índios para fazer um papel secundário num filme protagonizado por Gary Cooper.
Ou pelos seus méritos, ou por ter encantado a filha adoptiva do realizador, que viria a ser a sua primeira de muitas mulheres, o certo é que Quinn ganhou o concurso, e começa a aparecer regularmente nos filmes do futuro sogro.
E o sucesso não mais parou.
Anthony Quinn simboliza a ascensão, em Hollywood, do mestiço ao estrelato. Foi ele o primeiro a consegui-lo, numa época nada fácil para isso.
Ninguém esquecerá o seu “Zorba”.
E mesmo os “intelectuais” cinéfilos, habituados a vê-lo em papéis pouco “cultos”, não podem omitir o seu desempenho, sob as ordens de Fellini, no “La Strada”, ao lado de Giulietta Masina.