Hoje vou falar de televisão.
Melhor, dos domingos às 19 horas na RTP Memória, espaço que se vai consagrando como o melhor de toda a programação, creio eu.
Tivemos as “Histórias da Música”, que António Victorino de Almeida nos contou na Viena dos anos 70, e que seria interessante, tantos anos volvidos, serem escutadas por muitos dos responsáveis (?) pela Cultura deste país, tal a frieza da análise, a lógica do raciocínio e a facilidade de comunicação na crítica velada, justificada na altura por uma suposta mais branda censura que Marcelo Caetano permitiu. Pelo programa passaram os grandes compositores, as suas vidas e obras, os instrumentos, o ensino da música, a realidade de um país que nada tinha a ver com o Portugal “pequenino”.
Depois, Nemésio e o “Se Bem me Lembro”, igualmente dos anos 70, em que o Mestre disserta sobre variados assuntos, com a autoridade catedrática que lhe advinha de forma espontânea, que nem mesmo o sotaque terceirense conseguia quebrar o interesse. Cada palestra era uma lição, intemporal, magistral.
E agora João Villaret, série de programas realizados em 1959, em que o grande actor, o melhor português até hoje a recitar poesia (novamente a minha opinião), nos deleita com uma variedade de poemas e poetas, em interpretações cuidadas como se em palco estivesse.
Domingos, 19 horas, na RTP Memória.
Gravador e dvd prontos.
Melhor, dos domingos às 19 horas na RTP Memória, espaço que se vai consagrando como o melhor de toda a programação, creio eu.
Tivemos as “Histórias da Música”, que António Victorino de Almeida nos contou na Viena dos anos 70, e que seria interessante, tantos anos volvidos, serem escutadas por muitos dos responsáveis (?) pela Cultura deste país, tal a frieza da análise, a lógica do raciocínio e a facilidade de comunicação na crítica velada, justificada na altura por uma suposta mais branda censura que Marcelo Caetano permitiu. Pelo programa passaram os grandes compositores, as suas vidas e obras, os instrumentos, o ensino da música, a realidade de um país que nada tinha a ver com o Portugal “pequenino”.
Depois, Nemésio e o “Se Bem me Lembro”, igualmente dos anos 70, em que o Mestre disserta sobre variados assuntos, com a autoridade catedrática que lhe advinha de forma espontânea, que nem mesmo o sotaque terceirense conseguia quebrar o interesse. Cada palestra era uma lição, intemporal, magistral.
E agora João Villaret, série de programas realizados em 1959, em que o grande actor, o melhor português até hoje a recitar poesia (novamente a minha opinião), nos deleita com uma variedade de poemas e poetas, em interpretações cuidadas como se em palco estivesse.
Domingos, 19 horas, na RTP Memória.
Gravador e dvd prontos.
2 comentários:
olá josé quintela soares
a memória da televisão também é feita pelos excelentes programas de outros tempos.
recordo-me de em miúdo ver os programas de João Villaret e entre eles esse programa em que ele nos contava/declamava esse belo poema chamado "Procissão", aliás o single ainda mora aqui por casa.
depois enho que confessar o meu fascínio pelo programa do António Victorino de Almeida que me alargou os horizontes musicais, na época ele era adido cultural em Viena.
mas já agora em que falamos em programas inesquecíveis gostaria de recordar mais dois:
- "a aventura da arte moderna" do Carlos Villardebó, simplesmente fascinante.
- e um programa de literatura que dava durante as emissões da hora de almoço da autoria do Manuel Poppe onde descobri, Marcel Proust entre outros (uma das minhas leituras de cabeceira).
e como não há duas sem três, nunca é demais recordar o programa que o David Mourão Ferreira tinha na época na televisão.
todos eles me abriram os horizontes e permanecem na minha memória.
quando hoje olho os programas culturais fico triste... e só me apetece pedir a reposição desse programa chamado "A Arte de Ser Português" da autoria do Alberto Pimenta, para todos meditarmos um pouco.
um abraço cinéfilo
Caro Rui Luis Lima
Recordo todos esses excelentes programas, e acrescentaria ainda um outro de Joaquim Manuel Magalhães, que, ainda muito novo, já dava autênticas "lições" sobre literatura nos pequenos ecrans.
Hoje em dia, tirando um ou outro programa na RTP 2 ("Câmara Clara", por exemplo) é uma "vil tristeza".
Abraço cinéfilo.
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