domingo, 14 de fevereiro de 2010

Os Grandes Clássicos (3)


Há coisas que são quase impossíveis de realizar em Cinema, como por exemplo, fazer filosofia com a câmara. Mas Ingmar Bergman consegui-o em 1956, com “O Sétimo Selo”.
É, sem dúvida, uma das tentativas mais interessantes para reflectir sobre a introspecção no Cinema.
Passado na Idade Média, com a peste a destruir o norte da Europa, um cavaleiro regressa das Cruzadas à sua Suécia. Espera-o a Morte, como aliás, a todos nós. Mas o cavaleiro procura desesperadamente saber se há uma verdade absoluta, se Deus existe, e se as suas crenças têm justificação. Claro que acaba por morrer sem saber as respostas.
A partida de xadrez é um clássico da Sétima Arte, um daqueles momentos sublimes que se revê como se da primeira vez se tratasse.
A fotografia é de Gunnar Fischer, um preto e branco austero e admirável.
E para espanto de muitos, o Vaticano considerou o filme como de “visionamento obrigatório”, já que era assim que se devia meditar sobre a mensagem divina.
Max Von Sydow tem aqui o seu primeiro grande papel, ele que viria a tornar-se um dos maiores actores suecos, como sabemos.
Nesse já distante ano de 1956, “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, de Michael Anderson, ganharia o Oscar de melhor filme, e Fellini, com o seu “La Strada”, o de melhor filme estangeiro.

2 comentários:

Pedrita disse...

essa cena é maravilhosa mesmo! beijos, pedrita

spring disse...

Caro José Quintela Soares.
"O Sétimo Selo" foi um dos primeiros filmes de Ingmar Bergman que vimos nos anos setenta e ficámos decididamente fascinados pelo Mestre Sueco. Semre que revemos o filme (na Cinemateca e em dvd) sentimos como a sua patida deixou macas profundas na Sétima Arte. Ingmar Bergman e o seu cinema são únicos!
Abraço cinéfilo
Paula e Rui Lima

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