sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Frases de Realizadores (18)


"Olho para outros realizadores e vejo neles qualidades que gostaria de ter mas sei que não tenho. Sinto que tenho de trabalhar arduamente para me manter à tona, fazendo o que faço. Mas acho isso agradável."

"Penso que sou bom em amplificar os pontos fortes dos actores e em minimizar as suas fraquezas. E todos eles têm pontos fortes e fraquezas."

"Mentir é como o alcoolismo. Estamos sempre a recuperar."

"Quando tudo vai bem é difícil perceber porquê, mas quando não vai é realmente fácil."

Soderbergh

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Filmes Revisitados (3)




“The Stranger” (“O Estrangeiro”, em Portugal) foi rodado em 1946, num “preto e branco” fascinante, com as sombras tão características do realizador, o genial Orson Welles (1915-1985).
É ele igualmente o protagonista do filme, ladeado por Edward G.Robinson (1893-1973) e Loretta Young (1913-2000). Robinson, que o personagem “Al Capone” catapultara para a fama, e Loretta, então uma das divas de Hollywood.
O filme narra um episódio da captura de criminosos nazis fugidos para os Estados Unidos, camuflados em novas identidades. Welles é um deles, agora um respeitável professor, mas Robinson segue-lhe o encalço.
A um ritmo fantástico, o filme mantém-nos presos, neste caso ao sofá, do princípio ao fim, repleto de suspense, uma fotografia excepcional, e desempenhos portentosos de Welles e Robinson, que se destacam, francamente, de todos os outros.
Vencedor do Oscar para Melhor Argumento.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Helen Mirren


O Cinema está repleto de “vedetas vazias", isto é, conhecidas por todos mas sem nada para dizer fora das telas. Os exemplos são tantos, que sabe bem descobrir o reverso desta medalha, os grandes intérpretes que pensam. E que transmitem ao público, e não só o seu, as suas ideias, como se posicionam neste mundo.
Helen Mirren é um destes bons casos.
Sem recear a polémica, a excepcional actriz declarou, em recente entrevista, que convém aos violadores que os júris ou os magistrados no tribunal tenham muitas mulheres, dado que, segundo ela, a maioria feminina será levada a pensar que a culpa não foi do violador, mas da violada.
Ou seja, nesta como em outras ocasiões, as mulheres seriam o principal inimigo de si próprias.
Será verdade?
Sendo ou não, eis um bom ponto de reflexão. E sério.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

"Os Três Estarolas"




“Os Três Estarolas” fazem parte dos meus ídolos de infância, nas célebres “matinées” infantis, aos domingos, às 18 horas.
Os “Three Stooges” eram Larry Fine (1902-1975), Moe Howard (1897-1975) e Jerome Lester Horwitz ( 1903-1952). Quando este último morreu foi substituido por Shemp Howard, irmão de Moe,(1895-1955) mas faleceria em 1955, sendo o seu lugar ocupado por Joe Besser(1907-1988). O último a completar o trio seria Curly Joe DeRita (1909-1993).
Ri até às lágrimas com este trio, naquela idade em que se acha graça a tudo, mesmo a alguma falta de talento. Na verdade, a “alma” dos “Stooges” era Moe (foto em baixo), e mesmo este, analisando à distância, não poderia ser classificado como um “grande” actor.
Mas cumpriram perfeitamente o seu papel.
Em todo o mundo, as crianças deliravam com as suas tropelias, os seus azares, a parvoíce elevada ao extremo, os bolos que acertavam nas caras dos cómicos, as quedas, as palmadas com que se agrediam.
As crianças do meu tempo divertiam-se assim.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Frases de Realizadores (17)


"Lembro-me de ser jovem nos anos 60…tínhamos um grande sentido do futuro, uma enorme esperança. E é isto que falta na juventude de hoje. Ser capaz de sonhar e mudar o mundo."

"Não se pode, de modo algum, exportar Cultura com armas e tanques".

"Não filmo mensagens. Isso é trabalho para os correios".


Bertolucci

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Filmes Revisitados (2)

“Sorry, Wrong Number” (“Três Minutos de Vida”) foi realizado em 1948 por Anatole Litvak (1902-1974), um ucraniano que , entre outros, deu ao Cinema “Anastasia” (uma soberba interpretação de Ingrid Bergman) e “The Night of the Generals”.
O filme é inteiramente dominado por Barbara Stanwick (1907-1990), uma das divas de Hollywood, hoje muito esquecida, mas figura dominante durante décadas.
Nunca saindo do seu quarto, inválida, tendo apenas como companhia o telefone, a história desenrola-se a um ritmo impressionante, sem cansar, sem nos dar tempo para pensar na suposta necessidade de mudar de cenário.
Stanwick é magistral, neste papel de filha única de um rico industrial, que casa com um ambicioso Burt Lancaster, sempre descontente com a situação de “protegido” pela mulher e pelo sogro, e que planeia libertar-se daqueles jugos, mesmo ilicitamente.
São eles os protagonistas, mas Stanwick destaca-se claramente.
O filme foi nomeado pela Academia para “Melhor Filme”, mas não conseguiu a estatueta ( “Hamlet” de Laurence Olivier), e Barbara Stanwick foi igualmente nomeada para melhor Actriz, mas o prémio foi para Jane Wyman, com “Belinda”. Aliás, Stanwick nunca conseguiu ganhar o Óscar, mesmo tendo sido nomeada em quatro ocasiões.
No preto e branco ideal para este tipo de filmes, “Sorry, Wrong Number” mostra o talento de uma grande actriz.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Filmes Revisitados (1)


Laurence Olivier e Michael Caine.
Sir Laurence e Sir Michael.

São os dois intérpretes de “Sleuth”, que a tradução portuguesa obrigou a ser “Autópsia de um Crime”. Filme de 1972, com realização de Mankiewicz, ao som de Cole Porter.
As interpretações destes dois “gigantes” são de tal forma categóricas e históricas, que ambos foram nomeados pela Academia para Melhor Actor, ainda que o escolhido não tivesse sido nenhum deles, pois Marlon Brando arrecadou o prémio com “O Padrinho”.
Há muito tempo que não revia este filme.
Mas deliciei-me a apreciar este e aquele pormenor dos dois personagens, a verdadeira lição de bem representar que o filme permite.
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